o feminino
infamiliar

O vigésimo terceiro encontro do Campo Freudiano se inscreve na longa série como sua preciosa extimidade. O real faz furo nas séries, esse é o caso no momento. Nossa transferência de trabalho havia mobilizado colegas de todo a EBP para celebrarmos o encontro em Salvador, seria no próximo mês de novembro. Nada há de aleatório nas escolhas das cidades sede dos encontros do Campo Freudiano, ao contrário há método, método político. O presente boletim é um exercício de método. Novas datas, novo formato, mas o mesmo compromisso tanto com a causa analítica quanto com a política da EBP. Salvador, agora uma cidade virtual, continua sediando em nosso imaginário o próximo encontro. Temos a confirmação da conferência de nossa convidada, Christiane Alberti, que de Paris fará sua participação. O novo formato é perfeitamente compatível com o spleen do milênio, servir-se do virtual para valorizar a interação entre os corpos. O milagre do significante é precisamente permitir que possamos gozar juntos do encontro, mesmo estando distantes fisicamente. Nosso desafio é tornar essa experiência ainda mais inesquecível. Com certeza, lembraremos do XXIII encontro como o encontro em que a mágica das redes associou-se às tradições dos orixás. A aposta está lançada.

Marcelo Veras
EBP/AMP

O Feminino Infamiliar – Dizer o Indizível

O feminino é um dos nomes do mal-estar da época. Não é a primeira vez que ele nos convoca. Podemos antecipar que não será a última. Um encontro do estofo dos nossos se inspira em um programa de investigação que agita e põe em movimento nossa comunidade e seus múltiplos litorais. Partimos sempre de um não sabido e, nessa ocasião, deveremos contar também com um não sabível. Interessa-nos, desta vez, estender o limite do dizível sobre o feminino para além da nossa cotidiana ‘dicência’.