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PERGUNTA INFAMILIAR
“Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma”1
Essa frase situa uma interrogação sobre o não pertencimento inaugural que está posto para cada um de forma traumática.
Brousse aponta que quando a mulher sai das categorias dominantes do sistema simbólico da família a questão sobre seu lugar de pertencimento se apresenta. Clarice havia nascido sob a crença de que um filho curaria a doença de sua mãe, o que não ocorreu. Como filha, houve uma falha: “nasci de graça”.
Para a falta de pertencimento que Clarice testemunha a partir das contingências que a marcam, Brousse propõe como tratamento: “nomear o ponto que desencadeia […] a ausência de resposta compatível com […] o desenvolvimento do laço social”2.
Produzir essa nomeação seria dizer o indizível em jogo na nossa condição de não originalmente pertencentes? Esse dizer passaria pela escrita? E qual seria o reflexo dessa escrita no laço social?
1 Lispector, C. “Pertencer”. Em: Todas as crônicas. RJ: Rocco, 2018.
2 Brousse, M-H. “Trauma e exílio, o lado das mulheres”. Em: Correio, n. 83. SP: EBP, 2020, p. 78.
COMISSÃO DE ACOLHIMENTO
INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES PARA O ACESSO DA PLATAFORMA VIRTUAL DO XXIII ENCONTRO BRASILEIRO DO CAMPO FREUDIANO
A Comissão de Acolhimento do XXIII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano apresenta aos participantes este tutorial com algumas informações importantes sobre a operacionalidade do acesso às salas virtuais das mesas de trabalhos e atividades que acontecerão nos dias do Encontro.
Continuamos disponibilizando o contato direto com a Comissão de Acolhimento, através da ferramenta do WhatsApp no site.
Axé!
Ana Stela Sande
Cleide Pereira Monteiro
Coordenadoras da Comissão de Acolhimento
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